domingo, 27 de dezembro de 2009

Alice Vieira -30 anos de vida literária


"A minha infância foi um corredor muito grande que rangia pela noite dentro, os termómetros com que me viam a febre, o sabor adocicado do Ceregumil que me faziam beber porque tinha vitaminas .
A minha infância foi não ter tido amigos da minha idade, não ter ido à escola, não ter esfolado os joelhos, não ter sujado sequer os bibes de folhos que me vestiam sobre os fatos .
A minha infância foram os amigos encontrados nas páginas dos livros, O Feiticeiro de Oz, As Aventuras de Tibicuera, O Romance da Raposa, O Menino Enjeitado, as Aventuras de Sandokan, do Lagardère, tantos, tantos. A minha infância foi também uma velha máquina de escrever, onde tentei juntar letras, fazer palavras, e que bonito era aquele som! A minha infância, acho que só começou quando entrei no Liceu Filipa de Lencastre e pela primeira vez brinquei com gente da minha idade. Da minha infância, acho que só gostei da máquina de escrever. Da minha infância, só isso guardo : está aqui, é nela que hoje escrevo. E o som ainda é o mais bonito de todos ."
Antologia Diferente: De que são feitos os sonhos?Porto: Areal Editores, 1986, pág. 183


Alice Vieira nasceu em Lisboa, em Março de 1943 e é licenciada em Germânicas pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
Exerceu durante algum tempo a carreira docente, enveredando pelo jornalismo a partir de 1969.
Dirigiu no Diário de Notícias o suplemento infantil "Catraio".
Para além da extensa obra publicou também adaptações de histórias tradicionais portuguesas e macaenses e uma antologia de poesia popular para crianças. É considerada uma das mais importantes escritoras portuguesas para crianças e jovens, com grande projecção nacional e no estrangeiro.
Pertence actualmente à Direcção da Sociedade Portuguesa de Autores. É cooperadora desta instituição desde Fevereiro de 1992.

Distinções/Prémios
. Prémio de Literatura Infantil Ano Internacional da Criança, 1979 (Rosa Minha Irmã Rosa).
. Prémio Calouste Gulbenkian de Literatura para Crianças, 1983 (Este Rei que Eu Escolhi).
. Auswahliste Deutscher Jugendliteraturpreis, Alemanha, 1992 (Rosa Minha Irmã Rosa).
. Grande Prémio Calouste Gulbenkian de Literatura para Crianças, 1994 (pelo conjunto da sua obra).
. Lista de Honra do International Board on Books for Young People, 1994 (Os Olhos de Ana Marta).
Obras:
Romance
. "Rosa, Minha Irmã Rosa", Lisboa: Caminho, 1979.
. "A Espada do Rei Afonso", Lisboa: Caminho, 1981.
. "Chocolate à Chuva", Lisboa: Caminho, 1982.
. "Este Rei que Eu Escolhi", Lisboa: Caminho, 1983.
."Graças e Desgraças na Corte de El Rei Tadinho", Lisboa: Caminho, 1984.
. "Flor de Mel", Lisboa: Caminho, 1986.
. "Às Dez a Porta Fecha", Lisboa: Caminho, 1988.
. "A Lua Não está à Venda", Lisboa: Caminho, 1988.
. "Os Olhos de Ana Marta", Lisboa: Caminho, 1990.
. "Se Perguntarem por Mim, Digam que Voei", Lisboa: Caminho, 1997.
Teatro
. "Leandro, Rei da Helíria", Lisboa: Caminho, 1991.
Histórias Tradicionais Portuguesas
. "Corre, Corre Cabacinha", Lisboa: Caminho, 1991.
. "Um Ladrão Debaixo da Cama", Lisboa: Caminho, 1991.
. "A Adivinha do Rei", Lisboa: Caminho, 1991.
. "Rato do Campo, Rato da Cidade", Lisboa: Caminho, 1992.
. "Periquinho e Periquinha", Lisboa: Caminho, 1992.
. "As Três Fiandeiras", Lisboa: Caminho, 1993.
. "O Pássaro Verde", Lisboa: Caminho, 1994.
. "O Coelho Branquinho", Lisboa: Caminho, 1994.
. "Uma Voz do Fundo das Águas" (Instituto Cultural de Macau), Editorial Pública, 1988.
. "O Que Sabem os Pássaros" (Instituto Cultural de Macau), Editorial Pública, 1988.
. "O Tempo da Promessa" (Instituto Cultural de Macau), Editorial Pública, 1988.
Antologia de Poesia Popular Portuguesa
. "Eu Bem Vi Nascer o Sol", Lisboa: Caminho, 1994.
História / Lenda / Narrativa
. "Macau: da Lenda à História", Macau: Livros do Oriente, 1990.
. "Praias de Portugal", Lisboa: Caminho, 1997.
Os livros de Alice Vieira estão traduzidos e editados nos seguintes idiomas: Alemão. Búlgaro, Basco, Castelhano, Galego, Francês, Húngaro, Neerlandês, Russo e Servo-Croata.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Feliz Natal e muitas histórias

Para todos uma história de Natal com personagens bem conhecidas, para reflectirem e tirarem conclusões! Consultem-na no endereço:
Com um beijinho da professora Otília

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Quatro histórias bem divertidas!

A Maria Martins, aluna nº 21 da Professora Paula, da EB1 de Feira Nova ouviu ler, na data em que se comemorou o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, 4 histórias da colecção "Eu sou Assim". Resolveu, por isso  representar" O Josué não pára de gaguejar", "A Clotilde é mesmo zarolha", "A Violeta não sabe falar" e "O Timóteo tem orelhas de abano" desta maneira bonitaaaaaaaaaaaaaaa!!!!Parabéns!

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

receita de culinária

Eu faço este arroz assim…





Depois de se retirar toda a pele ao pato, parte-se aos bocados e deita-se de vinha d’alhos, de vinho tinto, de um dia para o outro.
Ao outro dia faz-se um estrugido onde se deitam os bocados do pato (com o vinho), 2/3 tomates pelados (de conserva) e 1 chouriço ou salpicão e um pouco de sal. Deixa-se refogar, tendo o cuidado de vigiar e acrescentar um pouco de água (que será aproveitada para a calda do arroz).O vinho tinto, o tomate e a cebola um pouco queimadinha darão um cor mais escura ao produto final! Convém não deixar cozinhar muito porque como hoje em dia os patos são do aviário, aquilo é uma fervurinha!
Depois de retirar do lume deve deixar-se arrefecer porque senão precisamos de pôr pensos band-aid nos dedos ou lá se vão as unhas de gel!
Desfia-se finamente, deixa-se a aguardar e parte-se o chouriço/salpicão às rodelas (para enfeitar a travessa, exclusivamente). Vão ter a sensação de que é mais a carcaça do que a fêvera ou febra (escusam de ir ao dicionário!)! Mas é suficiente para 4 pessoas (ou as que quiserem “enganar”).
Entretanto, côa-se o refogado, espremendo o máximo de gordura e mede-se com uma chávena. A quantidade de arroz será sempre metade da da calda utilizada. Usem arroz agulha (produto nacional) pois estarão, destarte, a contribuir para a dar um empurrãozinho à agricultura pátria!
Vão vigiando e, quando estiver “no ponto” i. e., não muito cozido, dêem uma reviravolta com um garfo para soltar os grãozinhos.
Depois deitem metade do arroz no fundo de uma travessa, incorporem todo o pato de modo a ficar bem distribuído e, finalmente, cubram com o arroz restante. Enfeitem com as rodelas de chouriço/salpicão e se quiserem fazer brilharete, polvilhem com queijo mozzarela ou o nosso S. Jorge para ir ao forno gratinar.

Bom apetite e que aproveitem!

10 de Dezembro- Declaração Universal dos Direitos Humanos

10 de Dezembro- data da entrega dos prémios Nobel

Os Prémios Nobel são atribuídos, anualmente, a 10 de Dezembro, data de aniversário da morte do seu mentor Alfred Nobel, a todas as pessoas que contribuíram para o bem da Humanidade, por meio de pesquisas pioneiras, da invenção de técnicas importantes ou pelos contributos que forneceram à sociedade. Deste modo, os laureados são personalidades que durante um ano se distinguem em áreas como: a paz; a química e a física; a medicina e a literatura.

 
Prémios Nobel :

 
  • Prémio Nobel da Paz
  • Prémio Nobel da Química e Prémio Nobel da Física
  • Prémio Nobel da Medicina 
  • Prémio Nobel da Literatura

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Plantação de espécies



 Os alunos da Turma F, do 3º ano , da professora Aldora, da Escola EB1 de Feira Nova procederam à plantação de algumas espécies de roseiras e de azevinho, com o intuito não só de embelezar o recinto escolar mas também o de contribuir para a preservação de plantas e arbustos que  tão ameaçados estão!
Parabéns a todos pela iniciativa!

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

O Som do Silêncio

Dedicado a todo(a)s o(a)s aluno(a)s especialmente o(a)s das escolas EB1 de Vila , Casal e Feira Nova a quem hoje falei do Dia Internacional da Pessoa com Deficiência.
Com carinho da professora bibliotecária Otília de Azevedo

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

1º de Dezembro-Dia da Restauração da Independência



Como deves saber, o dia 1 de Dezembro é feriado em Portugal. Nesse dia comemora-se o Dia da Restauração da Independência.
Queres saber porquê?
Tudo começou em finais do séc. XVI: o rei de Portugal era D. Sebastião.
Em 1578, D. Sebastião morreu na batalha de Alcácer-Quibir, no norte de África. Portugal ficou, assim, sem rei, pois D. Sebastião era muito novo e ainda não tinha filhos, não havia herdeiros directos para a coroa portuguesa.
Assim, quem subiu ao trono foi o Cardeal D. Henrique, que era tio-avô de D. Sebastião. Mas só reinou durante dois anos porque nem todos estavam de acordo com ele como novo rei.
Mas atenção: estas coisas nunca são simples, houve muitos pretendentes e isto deu muita confusão...
Em 1580, nas Cortes de Tomar, Filipe II, rei de Espanha, foi escolhido como o novo rei de Portugal. A razão para a escolha foi simples: Filipe II era filho da infanta D. Isabel e também neto do rei português D. Manuel, por isso tinha direito ao trono.
Nesta altura, era frequente acontecerem casamentos entre pessoas das cortes de Portugal e Espanha, o que fazia com que houvesse espanhóis que pertenciam à família real portuguesa e portugueses que pertenciam à família real espanhola.
Durante 60 anos, viveu-se em Portugal um período que ficou conhecido na História como "Domínio Filipino". Depois do reinado de Filipe II (I de Portugal), veio a governação de Filipe III (II de Portugal) e Filipe IV (III de Portugal). Estes reis governavam Portugal e Espanha ao mesmo tempo, como um só país.
Os portugueses acabaram por revoltar-se contra esta situação e, no dia 1 de Dezembro de 1640, puseram fim ao reinado do rei espanhol num golpe palaciano (um golpe só para derrubar o rei e o seu governo).
Sabias que havia também defensores do rei espanhol em Portugal? Mas o povo não gostava disso porque o País não era governado com justiça e havia muitos problemas e ataques às províncias ultramarinas e, especialmente, ao Brasil.
Na altura, a Duquesa de Mântua era vice-rainha e Miguel de Vasconcelos era escrivão da Fazenda do Reino. Tinha imenso poder.
No dia 1 de Dezembro de 1640, os Restauradores mataram-no a tiro e foi defenestrado (atirado da janela abaixo) no Paço da Ribeira.
Filipe III abandonou o trono de Portugal e os portugueses escolheram D. João IV, duque de Bragança, como novo rei.
O dia 1 de Dezembro passou a ser comemorado todos os anos como o Dia da Restauração da Independência de Portugal, já que o trono voltou para um rei português .